Nos passados dias 27 e 28 de março de 2014, a Direção da Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF), representada pelo seu Presidente, Carlos Afonso, e Vice-Presidentes, David Santana e Steve Estêvão, foi recebida por alguns dos partidos políticos com assento na Assembleia da República. Com o intuito de apresentar e discutir as preocupações dos estudantes de Ciências Farmacêuticas, a APEF foi ouvida no dia 27 de março pelo Partido Bloco de Esquerda, CDS-Partipo Popular e Partido Socialista e, a 28 de março, pelo Partido Comunista Português.
Foram abordados temas transversais a todos os estudantes do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas (MICF), relativos ao sistema educacional implementado, que neste momento afeta as escolhas dos estudantes e se reflete na saturação do mercado de trabalho, culminando na emigração de jovens Farmacêuticos recém-formados.
O valor excessivo do numerus clausus e de estudantes nas instituições que ministram o MICF foram também temas abordados nas várias audiências e que nos remetem para uma realidade bem atual, a precariedade do trabalho nos jovens farmacêuticos.
A criação de um sistema de ensino interligado com outros ramos do setor da saúde foi também um dos temas de grande discussão, chegando-se a uma conclusão quanto à sua natureza – seria composto por uma parte mais teórica, realizada nas instituições de ensino superior, e outra mais prática, realizada nos locais de ação do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Por outro lado, também foram abordados assuntos respeitantes ao SNS na sua globalidade, tendo sido discutidos temas como, por exemplo, a valorização do Farmacêutico em ambiente hospitalar e a inserção das Farmácias nos cuidados primários de saúde, possibilitando assim a criação de Cuidados Farmacêuticos e aproveitando a Rede Nacional de Farmácias já existente.
A Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia agradece aos partidos que, de forma cordial e profissional, nos receberam e ouviram as preocupações dos estudantes do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, não podendo deixar de frisar a ausência de resposta por parte do Partido Social Democrata e do Partido Ecologista “Os Verdes”.